sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Não posso viver sem minha vida! ... Jura?

Boa Noite,
Apareço agora, depois de quase uma semana, para mais um livrinho lindo. Como agora eu deveria estar fazendo um trabalho sobre Merleau-Ponty e a fenomenologia, o texto vai ter que ficar pequenininho.
O livro de hoje é O Morro dos Ventos Uivantes, escrito em 1847 por Emily Brontë. Ele ficou muito conhecido nos últimos anos graças ao Crepúsculo o que, infelizmente, não foi muito bom para a imagem do morrinho. Apesar de não ter sido escrito muito tempo após Orgulho e Preconceito, as diferenças sociais apresentadas nos dois livros são imensas. A maneira de escrever é diferente, a maneira de tratar o amor é diferente, os diálogos são diferentes. Isso que ambos são livros britânicos escritos por mulheres.
Entretanto, O Morro bem que poderia ter sido escrito por um homem. É um livro difícil de se explicar mas, em linhas gerais, trata sobre o amor tempestuoso entre  o Sr. Heathcliff e a senhorita Catherine Earnshaw. Amor este que é, muitas vezes, descrito com muita crueldade e de maneiras muito pouco românticas. Ainda assim, é um amor que sobrevive ao tempo e ao caráter não muito bom das duas partes. Em alguns pontos me lembra o amor do Severus Snape pela mãe do Harry (sim, Harry Potter), especialmente por ser um amor que nunca foi consumado, em que a índole do homem não era muito boa (assim como a sua reputação) e que é a única redenção para ele, apesar de no caso do Severus o amor ser unilateral.
Pontos positivos: não é um livro meloso. É um romance bem escrito, que faz você torcer pelos malvados e sentir nojo dos mocinhos.
Pontos negativos: é meio impossível. Bem impossível. Ninguém nos dias de hoje pode sentir um amor tão ardoroso como o deles, nem tão cruel e devastador. E pra quem provar que estou mentindo, eu tiro o meu chapéu.
Bom, era isso por hoje. Semana que vem eu escrevo sobre mais um.
                                                        
 ''Os meus grandes desgostos neste mundo, foram os desgostos de Heathcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o início; é ele que me mantém viva. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e, se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria, para mim, uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer.'' 

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